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Gestor, Empreendedor ou Investidor? Eis a questão.

Qual é o seu papel? Frequentemente vemos de um lado, gestores ociosos e do outro, empreendedores e investidores tentando

encontrar causas e soluções para um rol de conflitos empresariais, tais como: o porquê do tempo de retorno dos investimentos ter ficado aquém das expectativas, o porquê do declínio da rentabilidade se as vendas aumentaram, o porquê da queda da produção se aumentou o número de colaboradores, e outras mais, enfim, tentando, sem entretanto terem conseguido, achar respostas a uma série de perguntas. O tempo passando e os problemas se avolumando ou até se dissipando, na maioria das vezes com medidas paliativas. Qual é o seu papel?
 
Empreendedor – Investidor – Há que se destacar que existe uma característica forte entre ambos: são talentosos visionários e enxergam o que os outros não vêem; por outro lado, ambos não são gestores profissionais. O empreendedor tem a capacidade de ver e criar a viabilidade do negócio, desenvolve e implementa, atua como “hands-on”  e abraça o objetivo. O investidor possui as mesmas qualificações do empreendedor, porém contrata alguém para o cumprimento dos objetivos do negócio, e vai atrás de outros, conduzindo-os com a mesma linha de atuação, preocupando-se apenas com o fluxo de caixa que lhe será proporcionado.
O gestor, por sua vez, possui o talento investigativo, administrativo, financeiro e estratégico, capaz de prover a empresa de dispositivos necessários e tomar atitudes possibilitando o atendimento dos objetivos dos empreendedores e investidores.
 
Cada qual com suas características próprias, por si só, pouco tem a ver com o sucesso. Para se atingir o êxito cada um também deverá contar com outras habilidades inerentes, frente às adversidades: medo – é um sentimento ameaçador que devemos ter como aliado, e para tanto, devemos controlá-lo e não eliminá-lo. Enquanto os empreendedores e investidores controlam com mensuração e ousadia, os gestores controlam com decisões baseadas em apurações, diagnósticos e cenários. Os que avançam o sinal ficam à mercê da sorte e os que não dão um passo, condenados ao retrocesso. Razão-Emoção – Todos devem ter habilidade de conjugá-los de tal forma, que na somatória, a proporção da razão seja moderadamente maior. Operação gangorra – Os empreendedores e investidores sentem o faro e vão farejando até a base para aprofundar assimilação e sobem para planejar e decidir; os gestores também vão até a base, ouvem e sentem os problemas, e sobem para checar os efeitos sistêmicos, diagnosticar e decidir.
 
Em tempos passados recente, inúmeros empresas familiares tiveram seus impérios comprometidos em função de não terem agido com racionalidade, priorizando laços emotivos na condução do negócio, seja pela inserção de membros familiares, seja na eleição de conselheiros ou diretores, que mesmo comprometidos, não possuíam o conhecimento e habilidades necessárias para se apontar a direção sob fatos concretos e confiáveis, tão pouco sob perspectivas. Porquanto os cargos forem pautados por cabides de emprego e politização, a ineficiência bloqueará o crescimento e as ameaças serão potencializadas. A globalização não dá trégua, obrigando cada vez mais a cúpula a profissionalizar-se de forma permanente.
 
O grande legado é que descobrimos que o melhor momento para se aprender é com a crise, e, tanto o empreendedor quanto o investidor devem seguir o seu instinto talentoso e vibrante de identificar o negócio e deixar a administração para um profissional - este é o seu papel. Do contrário, seus instintos ficarão adormecidos na busca incessante de se tornar um gestor.
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